segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Por que estamos aqui?

Muitos são os seres humanos que esgotam a sua vida na Terra tentando compreender o verdadeiro significado por trás dessa questão. Eu sou mais um deles.
Compreendo que pode não haver resposta absoluta, pois o cenário que temos ao nosso redor é ainda pobre em construção científica, social e espiritual. E embora ressaltem que o Universo é infinito, e que nem mesmo conhecemos nosso quintal galáctico, acredito que não é preciso escapar à exosfera terrestre para compreender a limitação do nosso conhecimento. Sob uma perspectiva científica, ainda não mapeamos nem 10% do que está no profundo dos mares; não conhecemos todos os elementos que compreendem a tabela periódica; e ainda temos dúvidas se as doenças físicas são somente consequências dos nós mentais que cultivamos anos a fio. Ao lançarmos os olhos sob nossa comunidade terrestre ainda vemos que existe desacordo entre ser e ter, eu e nós, belo e feio, branco e preto, direita e esquerda, paz e guerra – enfim dualidades; a fome ainda é assunto de nossa pauta global porque não conseguimos encontrar uma maneira de compartilhar a comida que plantamos com todas as pessoas do mundo e, por isso, alguns ainda têm morrido; também ainda não sabemos lidar com o fato de o outro ter uma cor ou uma personalidade diferente e por isso entramos em conflito. E quando entramos no campo espiritual então!? Existe ainda a discussão sobre a existência de um Deus ou de uma força infinita que rege a orquestra Universal; há aqueles que não conseguem se decidir se Deus é de carne e osso ou se é algo imaterial, livre de forma; e, também, há aqueles que discordam de tudo isso, mas que são seres ordeiros, complacentes e caridosos. Quem estaria certo? Todos ou Nenhum?
Pois bem! Posso ser hipócrita e dizer a todos que não faço parte dessas incógnitas da humanidade, que estou em outro nível de interpretação da Vida e que, portanto, não me igualo a vocês, “pobres humanos!”. Mas me igualo sim. Por isso estou dizendo nós ao invés de eles. O meu teto também é de vidro como o de todos os outros que guardam pedras para se defender. E tenho crenças e crendices que me apoio e me sustentam para me ajudar a refletir sobre a Vida. E, aliás, muitas vezes, ainda acho que o gramado do vizinho seja mais verde que o meu.
Porém, confesso, não estou criando esse espaço de palavras apenas para lamentar a minha condição e a dos outros aqui na Terra. Na verdade, proponho que nos desafiemos diariamente para vencermos nossas dificuldades de ser humano; ser cada dia menos eu, nos tornando mais nós. É incrivelmente difícil, pois isso quer dizer que precisaremos dar um tapa no nosso ego para deixar prevalecer o bem comum. A comunidade ao invés do umbigo.
Visualizo que este será um caminho que requeira muita força física e mental, que trará temores e dúvidas que poderão me colocar para pensar, mas que ao mesmo tempo proporcionará lições e aprendizados impagáveis, mesmo que, às vezes, o preço seja alto. Não posso me esquecer de que haverá outras pessoas que poderei recorrer para esclarecer as dúvidas que me assolarão.

Estou disposto a tentar me tornar um ser humano melhor. Espero conseguir com a ajuda de todos.

2 comentários:

  1. Meus pensamentos:

    Ha algum tempo todos estivemos dentro de um útero nos desenvolvendo fisiologicamente. Sequer tínhamos conhecimento de um mundo exterior que não passasse de vozes e sentimento de nossas mães. Até que nove meses depois morremos naquela realidade para uma outra um tanto maior. Onde precisamos nos desenvolver mais complexamente.

    Segundo algumas linhas teológicas que venho estudando, será na verdades tudo conectado. Sociologia, psicologia e quem sabe uma pitadinha de física quântica.

    É óbvio que todos os nossos atos geram consequências diretas e indiretas ao outros e ao mundo. E que com certeza quando em estado de morte nossa consciência se abrirá, saímos da dimensão do espaço-tempo e com isso podemos ver todo o efeito cascata de nossas ações.

    Eu particularmente discordo de pensamentos dualista que dividem corpo e alma. Meu corpo não é um receptáculo, minha alma não é um borrão de luz branca. Tudo isso sou eu! Inteiro e é assim inteiros que vamos nascer noutro canto.

    Lembramos que se há eternidade, o não tempo me torna definitivo na morte com todos os defeitos e qualidades, sem tempo mais para resolver tais questões. O quê torna imprescindível a vontade de melhora urgente!

    Duvido de felicidade plena. Isso não pode existir, não nessa dimensão. Mas com todos esses milhares de anos nas costas já deveríamos ser uma humanidades melhor!

    Se a meta deste blog é a melhora do individuo não individualmente, sob um debate intenso de ideias e sem preconceito pode contar comigo.

    Abraços!

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    1. Fábio, boa noite. muito obrigado pelo seu comentário no blog MC.

      Assim como explanado por você, concordo que tudo deja conectado, sendo tudo oriundo da mesma semente, da mesma fonte, e que portanto, não haja dualidade. Porém, existem pontos que você ressaltou que me fizeram refletir sobre algumas questões...

      Será mesmo que antes de nascermos não temos conhecimento do que é a realidade a ser enfrentada?
      Será que o corpo físico é o que verdadeiramente somos?
      Será que a felicidade plena não pode realmente ser alcançada nesse plano?

      Esteja sempre a vontade para registrar seus comentários. Será com grande alegria que responderei.

      Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
      Perdoe-as assim mesmo.
      Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
      Seja gentil, assim mesmo.
      Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
      Vença assim mesmo.
      Se você é honesto e franco as pessoas podem enganá-lo.
      Seja honesto assim mesmo.
      O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
      Construa assim mesmo.
      Se você tem Paz, é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
      Seja Feliz assim mesmo.
      Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
      Dê o melhor de você assim mesmo.
      Veja você que no final das contas, é entre você e Deus.
      Nunca foi entre você e as outras pessoas.

      Madre Teresa de Calcutá

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